30.5.11

Plantação Simbólica

No dia 13 de Maio do corrente ano realizamos, na Quinta da Cerca (Vilar Seco), uma plantação simbólica, tal como planeado.

O objectivo é deixar a nossa "marca" e incentir a plantação de árvores, bem como a preservação das mesmas.




Espécies Plantadas:
Sobreiro
Cerejeira-brava
Carvalho-negral
Carvalho-roble
Pinheiro-manso



Deixamos aqui também algumas dicas de plantação:
  • Escavar uma cavidade no solo de tamanho considerável (o triplo do diâmetro do vaso e o dobro da profundidade)
  • Colocar nessa cavidade uma qualidade considerável de matéria orgânica;
  • Distribuir o sistema radicular equilibradamente na cavidade;
  • Colocar a árvore na cavidade, tendo o especial cuidado que fique na vertical e exactamente no mesmo nível de profundidade que estava anteriormente. Habitualmente, está bastante visível uma marca no tronco.
  • Encher a cavidade com a mesma terra que foi retirada no início;
  • Calcar um pouco e regar abundantemente, para que a terra que cole bem às raízes.
       Por fim, é necessário cuidar das árvores, regando-as regularmente


     O que plantar em Nelas?

Após o estudo que fizemos concluímos que as árvores que devem ser plantadas no concelho são:
  • Carvalho:
  • Castanheiro;
  • Sobreiro;
  • Pinheiro.
Os carvalhos devem ser plantados pois, apesar de serem de crescimento lento, são bastante resistentes ao frio e são possivelmente espécies da floresta primordial no concelho.
Calcula-se também que os castanheiros tenham sido espécies dominantes na floresta do concelho, sendo que devem ser plantadas nesta região, já que preferem zonas altas e de baixas temperaturas.
Decidimos também incluir os sobreiros na proposta de plantação porque, embora aguentem temperaturas elevadas e sejam predominantes no sul do país, preferem climas húmidos como o do Concelho de Nelas.
Para além destas espécies autóctones, incluímos na programação da plantação o pinheiro bravo e o pinheiro manso pois, embora sejam espécies dominantes, estão a ser dizimadas por pragas (como a lagarta do pinheiro) e pelos incêndios florestais. Estas espécies adaptam-se bastante bem ao clima e à topografia da região, sendo ainda fundamentais para a indústria local.
Antes de plantar uma árvore devem-se ter em consideração o clima, o local (tendo em conta todas as variáveis anteriormente referidas), o tamanho que atingirá, a diversidade das espécies (quanto mais diversificadas as espécies, melhor) e ainda ter em conta as técnicas de plantação.

A importância das Plantas

As plantas, tal como os restantes seres vivos, necessitam de obter materiais para crescer e de energia para realizarem as suas funções vitais, assim sendo interagem com o ambiente.
            Retiram do  ambiente água, minerais e dióxido de carbono para  fabricarem o próprio alimento e libertam oxigénio para a atmosfera. Mas também necessitam de respirar absorvendo oxigénio.
            Na Fotossíntese libertam para o meio ambiente o oxigénio, consumindo o dióxido de carbono, enquanto que na respiração libertam dióxido de carbono, consumindo oxigénio. Estas trocas gasosas fazem-se principalmente nas folhas, através dos estomas.

Na transpiração as plantas perdem para o meio água sob a forma de vapor. Esta perda dá-se principalmente através das folhas.
A árvore, como consumidora de carbono:
      Diminui a poluição do ar, uma vez que produz oxigénio;
      Retém o carbono;
      Mantém a humidade do ar;
      Controla a erosão e fertilidade dos solos;
      Fornece uma grande gama de produtos (madeira, frutas, medicamentos);
      Oferece sombra e embelezamento.

23.5.11

Medidas de prevenção à florestação, baseadas nos questionários feitos à população

Após a análise dos questionários à população, entrevistas e investigações na Internet, concluímos que devem ser tomadas as seguintes medidas para combater a desflorestação:

1) Limpeza de matas pelos proprietários;

2) Apoios aos proprietários para que possam limpar os seus terrenos;

3) Plantação de terrenos;

4) Efectuar o controlo de espécies florestais, evitando os eucaliptos e as mimosas;

5) Combinar diferentes espécies arbóreas;

6) Abertura de caminhos não só para delimitar e separar diferentes terrenos, como também para facilitar o acesso aos mesmos, ajudando também no combate florestais;

7) Melhor ordenamento do território;

8) Educar a população para a biodiversidade, desde criança, começando na família e na escola;

9) Não fazer queimadas no Verão;

10) Reciclar papel;

11) Não deitar lixo no chão.

13.5.11

Árvores de interesse público

Ao longo das investigações in loco que fomos realizando no nosso concelho, demos bastante importância a algumas árvores:

  • Azinheira na Quinta da Cerca, Vilar Seco
 A única árvore do nosso concelho classificada como árvore de interesse público.









  • Castanheiros de Algeraz



  • Árvore centenária de Moreira




  • Pinheiro da Herdade Sacadura Cabral, em Aguieira

Mimosa

Nome Comum: Mimosas
Nome Científico: Acacia dealbata
Local do concelho em que se encontra: Vilar Seco, Canas de Senhorim, Senhorim, Lapa do Lobo e Nelas.

Caracterização: Folha persistente, bipinulada, verde glaucas com folíolos com 3-4mm. Atinge até 30 metros de altura normalmente. É uma espécie invasora concentrando-se geralmente em grupos. Possui flores amarelo vivo
Distribuição Geográfica: Nativa da Austrália, principalmente da Tasmânia
Condições Ambientais: Prefere terrenos frescos dos vales ou margens de cursos de água e solos siliciosos principalmente em zonas montanhosas.
Curiosidades: São importantes fixadores de solos. E existem estudos que indicam que tem efeitos alelopáticos que impedem o desenvolvimento de outras espécies.




1.4.11

Castanheiro

Nome Comum: Castanheiro
Nome Científico: castanea sativa
Local do Concelho onde se encontra: Nelas, Vilar Seco
Caracterização: De folha caduca, entre 10 a 20cm, dentadas, mais claras na página inferior e translúcidas quando trespassadas pela luz solar pode atingir os 45m de altura e a sua copa pode chegar a 40m de diâmetro.
Distribuição Geográfica: existem populações numa vasta extensão que passa pela Europa, Eurásia e zona atlântica do Norte de África.
Condições Ambientais: o castanheiro encontra as condições necessárias para o seu desenvolvimento essencialmente em zonas com altitude superiores a 500m e com baixas temperaturas no inverno.
Curiosidades: o fruto, a castanha, era a base da alimentação do camponês nortenho na Idade Média. As castanhas menores e tocadas pelos bichos serviam de rações para os porcos. Hoje, a castanha está intimamente ligada às comemorações de S. Martinho e ao magusto. As variedades portuguesas de castanheiro produzem as melhores castanhas que se conhecem, e são muito consideradas no comércio mundial.

Plátano

Nome Comum: Plátanos
Nome Científico: Platanus
Local do Concelho em que se encontra: Nelas, Canas de Senhorim e Santar
Caracterização: As folhas são simples, alternadas, palmadas e quase tão largas como compridas. Ficam vermelhas no Outuno. A copa é densa e arredondada com porte majestoso e tronco manchado de amarelo e castanho que pode atingir 30 metros de altura.
Distribuição Geográfica: São nativas da Eurásia e América do Norte.
Condições Ambientais: São típicas dos climas subtropicais e temperadas mas sobrevivem em qualquer ambiente.
Curiosidades: É utilizada como árvore de sombra e ornamentação.


Eucalipto

Nome Comum: Eucalipto
Nome Científico: Eucalyptus globulus
Local do Concelho em que se encontra: Senhorim, Canas de Senhorim, Lapa do Lobo e Vilar Seco
Caracterização: Árvore de folha persistente e grande porte, podendo atingir mais de 50m. Tronco de casca lisa, castanho.
Distribuição Geográfica: Espécie originária da Austrália. No nosso país encontra-se na região centro.
Condições Ambientais: Adaptam-se praticamente a todas as condições climáticas. Tolera todos os solos, com excepção aos calcários.
Curiosidades: Árvore muito usada para reflorestamento e pela indústria da celulose. Da sua folha é retirado óleo que tem propriedades anti-sépticas e também desinfectantes. Útil no tratamento de constipações, reumatismo e infecções.


Cedro

Nome Comum: Cedro
Nome Científico: Cedrus libani
Local do Concelho onde se encontra: Lapa do Lobo, Canas de Senhorim, Nelas, Vilar Seco e Santar
Caracterização: Árvore de folhagem perene e de porte elevado (varia do 10 aos 25 metros), cujo tronco possui um diâmetro normal (nem muito grosso nem muito fino). A copa destas árvores é bastante densa.
Distribuição geográfica: Líbano, Síria, Turquia e montanhas da região mediterrânica.
Condições Ambientais: solos profundos e húmidos, de textura areno-argilosa e argilosa, bem drenados. O clima adequado a esta espécie é um clima temperado húmido, característico da região mediterrânica e de algumas regiões do Líbano.
Curiosidades: na Península Ibérica não existem cedros autóctones: os cedros existentes na nossa região são importados do estrangeiro. São árvores utilizadas para fins decorativos em cidades e de sombra, entre outros.

Azinheira

Nome Comum: Azinheira
Nome Científico: Quercus Ilex
Local do Concelho onde se encontra: Vilar Seco e Agueira
Caracterização: folha discolores, ligeiramente espinhosas nas espécies adultas e porte modesto, 8 a 15m, atingindo por vezes 20m de altura, com copa ampla, ovóide ou arredondada. O tronco curto e tortuoso tem uma casca acinzentada ou parda.
Distribuição Geográfica: Originária do sul da Europa, é espontânea em quase toda a bacia do mediterrâneo. É comum em todo o território português.
Condições Ambientais: Encontram-se muitas vezes em povoamentos mistos com sobreiro.
Curiosidades: quando ornamental, a azinheira dá uma agradável sombra. É uma arvore resistente á poluição urbana.






Carvalho

Nome Comum: carvalho (roble, negral e português)
Nome Científico: Quercus (robur, pyrenaica e faginea)
Local do Concelho onde se encontra: todas as freguesias
Caracterização: É uma árvore de folhas caducas e porte médio, podendo ultrapassar os 20m de altura. A copa é ampla e arredondada ou ovóide. O tronco é direito, revestido por casca espessa, acinzentada e fendida.
Distribuição Geográfica: é espontânea no norte e centro do país.
Condições Ambientais: aprecia atmosfera e solos húmidos, embora possa viver em condições mais desfavoráveis como sucede no norte interior de Portugal, onde os verões são bastante secos.  Prefere solos soltos, de textura arenosa, graníticos ou xistosos. Boa adaptação à altitude, indo até 1500 m, ou mais, por conseguinte suporta bem o frio, a neve e as geadas.
Curiosidades: Esta espécie protege o solo contra a erosão e fertilidade do mesmo, diminui os riscos de incêndio e preserva a paisagem e a economia tradicionais.






28.3.11

Pinheiro-Manso

Nome Comum: Pinheiro Manso
Nome científico: Pinus pinea
Local do Concelho em que se encontra: todas as freguesias
Caracterização: É uma árvore com folha persistente, em forma de agulhas de cor verde-acizentada que normalmente atinge entre os 20 e os 25 metros de altura. Possui uma copa densa, ampla, arredondada e semi-esférica. O tronco é curto e largo normalmente.
Distribuição Geográfica: originária da região do Mediterrâneo essencialmente na orla Litoral, desde Portugal à Turquia.
Condições Ambientais: Prefere solos frescos, profundos, arenosos e ligeiramente ácidos mas também se adapta a solos calcários se não forem muito argilosos.
Curiosidades: A acompanhar esta árvore estão associadas espécies como o coelho-bravo e o lince-ibérico. Normalmente as naus Portuguesas eram construídas de Pinheiros Mansos. Produz pinhões comestíveis.




Pinheiro-Bravo

Nome Comum: Pinheiro Bravo
Nome Científico: Pinus Pinaster
Local do Concelho em que se encontra: todas as freguesias
Caracterização árvore média, com folhas persistentes, em forma de agulha, de cor verde intenso, entre os 20 e 35m. A copa das árvores jovens é piramidal e nas árvores adultas é arredondada. O tronco é espesso, coberto por uma casca rugosa castanho-avermelhada.
Distribuição Geográfica: espécie originária da região da Europa e Mediterrâneo. No nosso país existe abundantemente no norte e centro do país.
Condições ambientais: preferência por solos pobres em carbonato de cálcio, locais com luz e alguma precipitação anual.
Curiosidades: Sendo uma árvore de crescimento rápido, a área de distribuição do pinheiro bravo aumentou por intervenção humana. Tem grande interesse económico, pois proporciona uma grande produção de madeira e resina.







Distribuição de espécies florestais por freguesias

O concelho de Nelas divide-se em nove freguesias. Nessas freguesias, existem predominantemente pinheiros (mansos e bravos), carvalho, cedro e mimosa, existindo também (mas em menor quantidade), castanheiros, plátanos, eucaliptos, sobreiros, amieiros, freixos e árvores de fruto, como podemos ver nos mapas que se seguem:






(mapa das freguesias que compõem o concelho de Nelas)

 



(mapa da distribuição de espécies florestais por freguesias)



 

25.3.11

Apresentação

Olá a todos ;)
Somos alunos do 12ºano da Escola Secundária de Nelas, distrito de Viseu e, como tema do nosso projecto da disciplina de Área de Projecto, decidimos escolher o estudo do Património Florestal do nosso concelho.
Após uma delineação detalhada e cuidada do nosso projecto, optámos por incluir a criação de um blog como produto final. Neste blog iremos descrever em pormenor todas as etapas que levaram à realização do projecto.
Outro dos propósitos inerentes à criação (e também ao próprio projecto) é servir de exemplo para outros grupos que se mostrem interessados no tema e que, tal como nós, se preocupam com a situação florestal do nosso País e que, ao contrário de grande parte dos portugueses, querem realmente fazer algo por Portugal.
A sensibilização da população é outro dos pontos que tem bastante relevância no desenvolvimento do projecto, pois alertar e sensibilizar as pessoas sobre os perigos que afectam as nossas florestas portuguesas é o primeiro passo para a construção  de uma sociedade mais activa e cívica no que diz respeito a este assunto.